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Na primeira edição, em 2012, a UFRJ teve a maior delegação e a melhor torcida do evento |
Jogar uma pelada entre amigos é bom, mas uma competição às vezes faz falta. Assim, surgiu a ideia de campeonatos entre faculdades, geralmente de mesmo curso. Alguns são mais tradicionais, dentre eles o JUCA, da galera de Comunicação e Arte em Sampa; o OREM, que reúne os alunos de Medicina do Rio e do Espírito Santo; e os Jogos Jurídicos, competido pelos estudantes de Direito do Rio.
Os estudantes de Comunicação Social do Rio sentiam falta de competições esportivas em suas faculdades. Pensando nisso, alunos da UFRJ e da PUC se reuniram para discutir a criação de algum evento esportivo. Criaram suas atléticas e entraram em contato com outras faculdades.
- A vontade de criar o evento surgiu a partir de outros eventos universitários, como os Jogos Jurídicos e o OREM, por exemplo. O Intereng também motivou. Na altura da criação da Atlética teve a primeira edição do Intereng. Eu treinava às vezes com o time de campo da Unirio e, na hora dos jogos, não podia participar. Era ruim ver a galera que eu tinha treinado junto disputando os campeonatos e eu ter que ficar do lado de fora. Eu pensei então, que pra poder disputar campeonatos universitários desse tipo, precisava existir também uma competicação de Comunicação e, para isso, precisava de uma atlética dentro do curso da UFRJ.-conta Maurício de Azevedo, primeiro presidente da atlética da Escola de Comunicação.
Criadas as atléticas, os alunos precisavam de uma empresa com experiência no ramo para colocar o projeto para frente. Muitas acabam não investindo em novos projetos pois é um trabalho árduo. A JC2 Esportes percebeu o potencial do evento.
- A JC2 Esportes aposta e acredita em todo evento esportivo universitário, mas o grande diferencial do JUCS foi a vontade que as atléticas tinham de torná-lo realidade.-explica Rafael Cotta da JC2.
Porém, não é da noite para o dia que uma ideia é tirada do papel para a realidade. Um evento desse porte toma muito tempo e exige responsabilidade. Muitas dificuldades tiveram de ser dribladas nesse processo. Quase todas as atléticas estavam no início de suas histórias e não possuíam grandes recursos financeiros para arcar com os custos necessários. A atlética da UFRJ, por exemplo, contou com a ajuda do professor Márcio Amaral, que doou cerca de R$ 5 mil na época. Mobilizar faculdades com poucos alunos também foi tarefa difícil para os idealizadores.
Superadas as dificuldades, as atléticas se preparavam para a novidade. Para muitos seria a primeira experiência em jogos universitários, o que alimentava muitas expectativas principalmente em torno da diversão.
O primeiro JUCS foi disputado em novembro de 2012 por oito faculdades: CCAA, ESPM, FACHA, PUC-Rio, UERJ, UFF, UFRJ e UVA. O evento aconteceu em Juiz de Fora (MG), e recebeu a UFJF, universidade federal local, como convidada de honra na competição. O torneio contava com as seguintes modalidades: futsal (masculino e feminino), handebol (masculino e feminino), basquete (masculino e feminino), vôlei (masculino e feminino), cabo de guerra (masculino e feminino), futebol de campo (masculino), jiu-jitsu (masculino) e slackline, que não contava na pontuação geral. Com clima de novidade, os resultados eram imprevisíveis.
A ESPM foi a primeira campeã do JUCS. O segundo lugar ficou para a FACHA e o terceiro para a PUC. A UFRJ, que levou a maior delegação, ficou com o prêmio de melhor torcida. Começavam a nascer aí as rivalidades que dariam uma identidade ao campeonato.
- Foi tudo muito corrido. Nós não sabíamos nem por onde começar. Só existia uma grande vontade de ir e jogar. O primeiro lugar veio só no último momento. Até a final do cabo-de-guerra, qualquer resultado era uma surpresa. Sabíamos que só dependeria de nós mesmos. Fomos lá e fizemos. Demorou pra cair a ficha. Somos uma faculdade pequena e fomos sem pretensão. Mas tínhamos pessoas obstinadas na equipe. Depois que nos demos conta de que outras faculdades poderiam ganhar, mas que o primeiro título era nosso, isso sim foi o mais gratificante. Ninguém tira esse posto da gente. - conta João Fontes, atual presidente da atlética da ESPM.
Terminado o evento, a maioria avaliou o saldo como positivo e superando expectativas. As atléticas conseguiram trabalhar de forma a fazer um evento histórico em todos os âmbitos.
- A maior surpresa da JC2 foi o nível de organização que as atléticas conseguiram em tão pouco tempo, foi uma surpresa para nós todas as faculdades chegarem com uniformes, baterias, músicas e etc - afirma Rafael Cotta. Opinião corroborada por quem viu de perto as coisas acontecerem com tal rapidez.
- O evento superou muito na minha opinião. Para um primeiro ano de um evento desse porte as coisas correram muito bem, obviamente com um problema ou outro. Mas de forma geral deu tudo certo e empolgou para as próximas edições. A delegação voltou feliz, com várias piadas internas, que duram até hoje, e já falando no próximo evento. - lembra Maurício.
Nem só de esportes é feito o JUCS. Todas as faculdades voltaram de Juíz de Fora com boas histórias marcantes pra contar. Uma delas tornou-se emblemática na história da delegação da UFF, que chegou em umas das melhores boates da cidade de forma inesperada.
- Nós chegamos no alojamento de Juiz de Fora, que era em um lugar péssimo e bem isolado, e não tinhamos como ir pra Privilege. Então, o segurança do alojamento ofereceu um amigo dele, que tinha uma kombi, pra levar a gente. Topamos, não tinha outra alternativa. Mas a gente não imaginava que a kombi era totalmente ferrada, não tinha nenhum banco, só papelão e colchonete, e o emblemático adesivo na frente: "Foi Deus que me deu". A partir daí a kombi virou o grande símbolo da UFF, ao lado do mascote (risos) - se diverte Hugo Franco, diretor de bateria e torcida da UFF.
O primeiro JUCS deixou todos com gostinho de quero-mais e apenas seis meses depois a JC2 anunciou a segunda edição do torneio. As atléticas começaram a preparação para um evento ainda mais disputado do que o primeiro. O cenário da vez seria Vassouras, cidade tradicional na história dos jogos universitários do estado, contando com as mesmas modalidades da edição anterior.
Com a experiência do primeiro, todas começaram o esforço para de fato chegarem ao pódio. O nível esportivo subiu de forma significativa. As rivalidades já estavam mais acirradas, o que aumentava a garra dos atletas.
A PUC-Rio conquistou o campeonato do segundo JUCS, seguida da UFRJ e FACHA. A UFF, que tinha sido desacreditada levou o prêmio de melhor torcida. Cercado de algumas polêmicas, o evento só reforçou mais rivalidades e uniões.
Em 2014, o JUCS acontecerá no feriado de 1º de maio, com quatro dias de competições e festas. Será o segundo ano da competição em Vassouras. Nesse ano os estudantes de comunicação viverão um evento diferente do que estão acostumados. No mesmo lugar e data, acontecerá o Intereng. As competições serão separadas, mas à noite os dois eventos se unem para as festas, que ocorrerão no Parque de Exposições da cidade. A atração mais esperada é a da segunda festa. O grupo Molejo vai comandar a noite da festa a fantasia.
A expectativa é de que, no âmbito esportivo o nível continue subindo, e de que o evento cresça mais a cada ano. PUC e ESPM lutam pelo bicampeonato, enquanto as outras buscam o primeiro título. Todas prometem voltar com ainda mais raça dentro das quadras e disposição para tirarem das festas histórias inesquecíveis. Quem leva? Que vença a melhor!
Hahahah mto bom
ResponderExcluirHugo Franco o melhor! hahauahu
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