Esse ano, pela primeira vez, nosso JUCS acontecerá simultaneamente aos jogos dos colegas universitários de Engenharia, o InterEng. As atléticas de todas as faculdades dos dois cursos se encontrarão em Vassouras em maio, em uma celebração do esporte universitário no Rio de Janeiro. Acontece que algumas atléticas compartilham treinadores que comandam times nos dois cursos. E aí? Como fazer pra admistrar isso?
Dois treinadores importantes da ECO, vão para os dois eventos em busca de vários títulos, ao mesmo tempo. Luiz Antônio Brasil, que atualmente treina cinco times de handebol, distribuídos entre quatro atléticas, terá três em Vassouras: Comunicação da UFRJ, masculino e feminino, e as meninas da Engenharia UFF. Já Diogo Durão levará para Vassouras cinco equipes! Será o técnico de futebol de campo e futsal masculinos de Comunicação e Engenharia da UFRJ e mais futsal feminino de Engenharia da UFRJ.
Os dois técnicos têm um bom histórico de JUCS: Brasil conquistou o título com o time feminino da UFRJ e ainda levou o segundo lugar com o masculino no ano passado, enquanto Diogo é o atual campeão do futsal masculino. Com a Engenharia, Diogo também é o dono do troféu no futsal masculino pela UFRJ no InterEng e é campeão de uma das conferências do Super15 de 2013 com o futsal feminino de engenharia da UFRJ.
![]() |
Matheus Quelhas em ação na final do JUCS 2013, quando o time masculino de futsal da ECO conquistou o ouro |
Assim como os JUCS e o InterEng têm suas especificidades, não podia ser diferente com os times que participam dessas competições. As atléticas são bem diferentes em vários aspectos, a começar pelos tamanhos.
- Os times da engenharia têm uma matéria-prima melhor, até porque a diferença quantitativa de alunos é esmagadora. Sempre há pelo menos um ex-federado em praticamente todos os times - afirma Diogo.
Agora, quando é visto logo de cara que a equipe não é a melhor possível, Diogo diz usar a seguinte estratégia.
- Vamos tentando potencializar aquilo que temos de melhor, na mesma proporção que vamos tentando vencer as limitações, de duas forma: aprimorando aquelas que são vitais ao jogo coletivo e não deixando as outras virem à tona na hora de decidir um jogo.
Com o JUCS batendo à porta, as equipes entram em sua reta final de preparação para as duas competições, com cada vez mais produtividade e comprometimento. Confiança parece ser a palavra-chave para os treinadores. As equipes ficam cada vez mais ansiosas com a proximidade dos jogos e é importante manter o time sempre confiante em si próprio, mas na medida certa, pois isso influencia na postura da equipe, como ela encara o adversário e a competição.
- Tudo o que foi preciso, foi feito. Agora o sucesso depende deles, se colocarem em prática tudo o que foi treinado - coloca Brasil.
![]() |
Luiz Antônio Brasil dá instruções à atleta Gabriela Corrêa, que não é mais do Brasil |
- Os treinos estão bem produtivos. Na medida que os jogos vão se aproximando, o comprometimento das equipes aumenta sensivelmente. Sinto minhas equipes confiantes sim e tento estimular isso. Confiança é um substantivo capital no esporte, sobretudo no amador - assinala Diogo.
A confiança do time depende de uma boa relação dos atletas entre si e com o “professor”. Um técnico, para conseguir comandar com leveza e determinação uma equipe, precisa de um bom relacionamento com a mesma, precisa ser respeitado como profissional e como pessoa. Uma boa relação passa pela manutenção de um ambiente harmônico e de cumplicidade entre atletas e comandante.
- Sou super chato, sincero e exigente. Mas creio que eles enxergam isso com bons olhos. Levo meu trabalho com extrema seriedade, e isso faz com que eles comprem as idéias inerentes ao time e separem bem o pessoal do profissional - diz Diogo, completando em seguida. - Todos precisam estar focados no mesmo objetivo. Às vezes, essa é a principal diferença entre duas equipes fortes. E em competições eliminatórias, isso pode fazer uma ser campeã, enquanto a outra cai na primeira fase.
![]() |
Durão, só no sobrenome! Diogo faz o estilo Felipão de treinador: os atletas o consideram um paizão, mas sem perder o respeito e o comando |
Brasil acredita que será interessante dois eventos dessa grandeza acontecendo simultaneamente em Vassouras, atraindo tantas pessoas para a cidade, porque existem técnicos em comum nas equipes e isso facilita para a organização, além de ser ótimo para o comércio da cidade.
- Esses eventos brindam essas cidades com as competições, agitando os municípios e seus moradores - resume Brasil.
Diogo também comemora o compartilhamento da cidade e praças esportivas para a realização dos eventos.
- A unificação entre JUCS e InterEng foi uma bela sacada, só agrega valor. O saldo vai ser bem favorável e isso vai se efetivar no calendário do certame universitário - acredita Diogo.
Porém, comandar tantas equipes em duas competições simultâneas exige um preparo especial. Serão vários jogos em um mesmo dia e a correria não vai ser pouca, mas Brasil garante estar preparado.
- São 40 anos de beira de quadra. Acredito que ainda tenha disposição para tais efemérides - afirma.
Diogo sabe que não será fácil, ainda mais por estar à frente de cinco equipes em uma competição que durará apenas quatro dias! Entretanto, ele acredita que, com a ajuda da organização do evento, das atléticas que participa e de uma pitada de boa vontade e disposição, conseguirá sobreviver a Vassouras-2014.
- Isso já aconteceu antes e não vou negar que é super desgastante. Mas com jeito, bom senso e cooperação dá pra levar numa boa - confia.
Ficou mais que claro que ninguém vai descansar nesse JUCS / InterEng. A animação e a disposição pedem passagem porque dia 1º de maio está chegando.
0 comentários
Postar um comentário