terça-feira, 6 de maio de 2014

Frita, dispersa e pó: a gasta continua sem limites
Ecos do JUCS!13:23 0 comentários

Por Pedro Leonardo


O que vem a seguir é extremamente pessoal. Pode ser considerado até emocional. Acredito até que não vai agradar a maioria, mas confesso que não é a minha maior preocupação.

Aqui, no Ecos do JUCS, falamos, e muito bem por sinal, de uma série de coisas. Preparação do futsal, os multiatletas da ECO, nossos treinadores, os treinos do handebol, o possível tricampeonato do basquete feminino e por aí vai. Achei que havia uma pauta faltando, mas preferi não dar a ideia por pensar que seria negada logo de cara. Não fui neste JUCS – estive nos dois primeiros – mas ainda neste domingo já acompanhava diversos relatos sobre os jogos. E a pauta que passou pela cabeça pareceu se consolidar.

Os campeões gerais do JUCS mudaram nas três edições. Duas universidades levantaram o troféu de Melhor Torcida. Mas pela vivência e relatos uma coisa não mudou: a presença de participantes do BDG.

É bem provável que depois da frase acima muita gente tenha fechado a página, mas eu sigo em frente.

Lembro que no primeiro JUCS grande parte da delegação olhou com desconfiança. Alguns integrantes do Bonde não eram bem vistos na faculdade e o sentimento em determinados casos pode ter acabado sendo estendido a todos. Cerveja daqui, cerveja de lá, um megafone e lá estavam as camisas tricolores no meio do mar laranja. Era apertar um botão, uma musiquinha irritante e todo mundo respondia com aquele “ÔÔÔÔÔÔ”. Ou então as “fritadas” proporcionadas por este mesmo megafone.

BDG e agregados na insquecível Caxanga, em 2013


No segundo ano de Jogos, um pouco mais de aceitação. Mas com menos integrantes e numa casa longe do resto da delegação, a integração ficou extremamente comprometida. Mas a galera estava lá pra beber e zoar, independente do resto. O espírito da gasta se apossou dos outros integrantes da casa. Foi bomba que fez cair a luz da casa, fumaça laranja nos jogos, algumas dispersadas, outras “muriladas” e até mesmo avalanche à la Boca Juniors no ginásio... o BDG parecia novamente o ponto fora da curva na delegação. Ainda assim, no meio da torcida a galera berrou e se esforçou para animar a torcida. Teve até talibã torcendo.

Dessa vez, como já dito acima, eu não estava lá. Mas ao que parece a ideia de integrantes do grupo acabou por motivar e animar a torcida. A ECOlombia e seus cheiradores de pó. Mesmo com quase todos formados, o BDG ainda está lá. A gasta não pode parar.

Só pra deixar bem claro que eu não estou aqui para desmerecer ninguém. Tem muita gente que pensa e faz a torcida da ECO ser boa do jeito que é. É uma crônica, quase um romance escrito por um dos BDG’s. A questão aqui é ter sempre esse espírito, zoar do começo ao fim e ser mais um ecoíno ali no meio. Se não dá pra ser amigo e ter uma unidade durante o período letivo, que seja assim pelo menos nos Jogos.

Por mais brincadeiras, por mais BDG no JUCS em 2015.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

O poder dos pompons nas arquibancadas de Vassouras
Ecos do JUCS!01:09 0 comentários

Na primeira edição do JUCS, apenas a UFRJ teve a audácia e a criatividade de colocá-las como parte de sua torcida. Coincidência ou não, o troféu de Melhor Torcida do evento acabou indo para os Tubarões da Praia Vermelha. Na segunda edição, realizada no ano passado, as outras faculdades aderiram à prática, colorindo suas torcidas e transformando a disputa pelo prêmio mais acirrada. Uma coisa é certa: as líderes de torcida (ou cheerleaders, de acordo com a preferência do leitor) vieram para ficar, prometendo trazer muitas novidades e surpresas na terceira edição dos Jogos Universitários de Comunicação Social.


No ano passado, a movimentação das faculdades para a seleção de suas líderes de torcida agitou os ânimos e as preparações para a segunda edição, que teve como sede a cidade de Vassouras, mesmo local dos Jogos de 2014. Na internet, as alfinetadas entre as meninas trouxe rivalidades e discussões à tona, proporcionando momentos de humor e tensão entre membros das diversas delegações.



Se destacando pelo grande número de cheerleaders, a UFRJ levou 19 líderes para as quadras no ano passado, com o objetivo de levantar sua torcida e abocanhar o troféu de Melhor Torcida pela segunda vez consecutiva. No fim, uma polêmica envolvendo as torcidas da UFRJ e PUC após o jogo de handebol masculino entre as duas faculdades, válido pela semifinal da modalidade, acabou ocasionando a proibição da entrada das cheerleaders da Escola de Comunicação da UFRJ entre os intervalos dos jogos. (Para saber mais sobre a polêmica envolvendo as líderes da UFRJ, leia a entrevista com o presidente da Atlética da PUC, Pedro Treiguer).


Mesmo assim, as meninas deram show nas quadras e nas arquibancadas em Vassouras. Destacando-se entre as diversas líderes, Débora Polistchuck, de 20 anos e estudante do 4º período de Jornalismo, levou o público masculino à loucura com suas coreografias e danças. Mas seu talento para a dança não surgiu nos Jogos Universitários. Débora é bailarina profissional e começou a dançar com 3 anos de idade. Hoje, já colhe diversas participações em clipes e shows de artistas famosos, como Anitta, Netinho e Show das Poderosas. Além disso, participa do grupo de dança contemporânea ‘CAND jovem’. Atualmente, participa do quadro musical “Artista Completão”, do Domingão do Faustão, da TV Globo. Indagada sobre como lidar com o assédio masculino durante os Jogos, Débora é categórica.


- Não ligo. É um ambiente em que você já espera isso. Na maioria das vezes, acho engraçado. As brincadeiras só não podem passar dos limites e serem desrespeitosas, mas nunca aconteceu comigo – conta.


Sobre como as ideias para coreografias e danças são elaboradas, ela explica:


- Normalmente, uma de nós surge com alguma ideia e elaboramos em conjunto. Cada uma ajuda da maneira que pode e consegue. Umas mais, outras menos – revela.


Atual dona do título de Melhor Torcida do JUCS, a UFF não quer deixar a premiação deste ano cair nas mãos de outra faculdade. Por isso, a federal de Niterói promete vir mais forte ainda para Vassouras, trazendo mais membros em sua torcida e mais líderes de torcida. Cecília Boechat, 18 anos e estudante do 2º período de Jornalismo, fará sua estreia como líder de torcida da UFF nesta edição e garante: a pressão na torcida será maior, em decorrência do título do último JUCS.


- Confesso que tem aí uma pressão. A AACS (Atlética de Comunicação Social da UFF) evoluiu demais da primeira edição para a atual. Agora, com esse destaque, temos um nome e uma posição a zelar. É claro que queremos manter o título. Isso faz com que a gente se esforce bastante – garante. - Estamos trabalhando nas nossas coreografias, além dos treinos. No momento, nossa maior dificuldade é a falta de tempo. Boa parte das líderes não mora em Niterói, o que dificulta um pouco as coisas. Teremos algumas novidades para esta edição, mas precisamos manter sigilo (risos) – diz Cecília, mantendo o mistério sobre as novidades da torcida.


RIVALIDADES E AMIZADES


Mas nem tudo se relaciona à disputa pelo título e às coreografias. Antes dos Jogos, provocações e zoações fazem parte do dia-a-dia daqueles que irão no evento torcer ou jogar por suas respectivas faculdades.


A líder de torcida Thalita Berdeville, 26 anos e do 8º período da FACHA, pode ser considerada a líder das polêmicas na internet antes de qualquer edição do JUCS. Sempre afiada nos seus comentários, ela foi a inventora do apelido dado às líderes de torcida da UFRJ: “Sereleias”.


Polêmica (risos). O apelido pegou depois que vimos que elas se autodenominavam ‘Sereias’, mas tinham algumas meninas gordinhas no grupo. Daí, veio o ‘Sereleia’, mistura de sereia com baleia – diverte-se.


Ao mesmo tempo em que provoca as líderes da Praia Vermelha, Thalita admite que a FACHA possui laços mais estreitos com as líderes da PUC.



- Nos aproximamos sim! A Fernanda Xavier (líder da FACHA) é irmã da Flávia, que é cheerleader da PUC. Com isso, surgiu uma amizade entre nós e as meninas de lá. Trocávamos ideias sobre o figurino, coreografia, etc – explica.


Isso não impediu que, na última edição, Thalita tenha se envolvido em um episódio polêmico com a torcida da PUC, quando um membro e atleta do time de handebol masculino da universidade da Gávea cuspisse na líder de torcida.


- Foi surreal, nós íamos chamar as meninas da PUC para dançar conosco e ele cuspiu em mim. Fiquei totalmente sem reação na hora, depois o Pedro (Treiguer, presidente) e o Dudu (Eduardo Paiva, membro da Atlética da PUC) vieram falar comigo e me pedir desculpas – lamenta. (NR: O autor do feito acabou excluído das competições esportivas e proibido de entrar no ginásio em jogos que envolvessem PUC x FACHA).


Ainda assim, Thalita ainda acredita que a rivalidade das líderes de torcida da FACHA é maior com outra faculdade.


- No quesito torcida, com toda a certeza é com a PUC, até pelo grave problema ocorrido com nossa torcida no ano passado. Mas em questão de cheerleaders, sempre foi e sempre será com a UFRJ (risos).


Já Hannah Fernandes, da ESPM, deixa bem claro com qual faculdade a sua Atlética possui maior rivalidade.


- A maior rival declarada da Atlética da ESPM é a FACHA, e isso se repete com as nossas cheerleaders. Porém, acreditamos, modéstia à parte, que elas não chegam aos nossos pés! – desdenha.


FORMAÇÃO EM OUTRAS FACULDADES


Para acirrar ainda mais a disputa pelo título deste ano, FACHA, PUC e ESPM não mediram esforços para levarem uma torcida forte e animada para Vassouras. A prova disso foi a mudança de postura das faculdades para a próxima edição. Com mais empenho e dedicação, as meninas querem surpreender e mostrar o poder de suas torcidas a partir do dia 1º de maio.


Luana Araújo, 21 anos, diretora de torcida e do 7º período de Publicidade da PUC, contou sobre o processo, a importância e as motivações para a formação das líderes de torcida do atual campeão geral dos Jogos Universitários de Comunicação Social.



Aqui na PUC, decidimos escolher as meninas de acordo com a dedicação e envolvimento no grupo. Não tivemos um processo. Através do boca a boca, as meninas ficam sabendo do grupo e se animaram. Como temos que fazer coreografias, uniformes, adereços e vídeos, precisamos de um certo número de meninas para fazer tudo a tempo. Então, estabelecemos uma data limite para que pudessem mostrar interesse. Para este ano, fechamos com doze meninas. Cinco que participaram do JUCS passado e sete novas, que ainda não conhecíamos. É uma experiência ótima, em que ganhamos novas amigas maravilhosas – orgulha-se.


Sobre a motivação para formar o grupo, Luana explica:


- Acredito que tenha sido a importância da torcida nos jogos, pois as cheerleaders são uma parte muito importante para animar os times e os torcedores da nossa faculdade, junto com a bateria – crê Luana.


Para ela, participar dos projetos da faculdade é a principal motivação em ser líder de torcida.


Na PUC, a ideia dos Jogos me atraiu demais, ainda com o Pedro (Treiguer, presidente da Atlética), meu querido amigo, me chamando para participar. Não tive como não entrar para a Atlética. Quando pensamos nas líderes de torcida, achamos uma boa ideia eu organizar o grupo de meninas. Por mais que ninguém ali tivesse alguma experiência em ser cheerleader, todas se esforçaram muito e foi uma experiência incrível! A cada JUCS eu vejo a dedicação de todos da Atlética para que tudo dê certo – diz Luana, que ainda revela como são feitas as ideias para as danças do grupo.


Por fim, Luana ainda admite que o título de campeão gera mais responsabilidade para as líderes da PUC.


- Com certeza a cobrança será muito maior esse ano, não só pelo título, mas também por acreditarmos demais na nossa equipe e achar que podemos fazer ainda melhor esse ano. O número de ensaios aumentou bastante, passamos a conversar todos os dias, sempre criando coisas novas e nos dedicando cada vez mais.


Se por um lado a PUC vem com mais líderes e novidades, a FACHA sofrerá com a ausência de pelo menos cinco de suas líderes da formação original. Thalita Berdeville explica as mudanças na formação.


- A formação mudou porque muitas meninas não vão este ano. Tem cheerleader viajando, namorando, e que vai fazer intercâmbio, como eu (risos). Apenas a Tatiana Araújo permanece. Para esse ano, as meninas que entraram – Bia Gago, Juliana Araújo e Amanda Julião – foram eleitas. Elas fizeram uma seleção e foram as que se saíram melhor – explica.